domingo, 18 de outubro de 2009
domingo, 11 de outubro de 2009
Harmonização #18 - Super Bock Abadia Rubi (Unicer) com "AreYou Ready for the Blackout?" (X-Wife)

A banda escolhida é a X-Wife da cidade de Porto, que i

A cerveja selecionada é a Super Bock Abadia Rubi (cervejaria Unicer), uma ruiva ligeiramente

“On the Radio”, música que abre o disco, é o grande single do mesmo. O refrão é hipnótico, nos fazendo bater o pé no chão e chacoalhar a cabeça, controlando o ritmo com a levada das guitarras e do sintetizador. A apresentação visual da cerveja também é muito boa. O formato da garrafa chama muito a atenção, assim como a coloração cobre avermelhada, com creme bege claro de boa formação e média duração. Já o aroma é muito suave e não traz grandes percepções.
A segunda faixa"Summertime Death", traz à tona o som festivo do álbum. As guitarras novamente aparecem controlando as ações e elevando a energia da festa. Os riffs de “Headlights” também são fundamentais para a degustação completa do som. Enquanto isso, a bateria tradicional traz uma pitada disco, realçando a canção. O malte (caramelo) se sobressai sobre o lúpulo, redundando num sabor suave e um amargor médio/baixo.
“Black Tears” traz um rock mais contido, que de forma intrigante nos traz uma maneira nova de olhar o estilo dos X-Wife. A temperatura mais alta do que geralmente tomamos uma cerveja pilsen, também favorece uma nova percepção. Um sabor mais adocicado e uma maior percepção de álcool com baixo amargor.
“Heart Of The World” para mim é a música que melhor representa a banda. Sintetizador e bateria fazem uma parceria contundente, enquanto a guitarra renasce após o refrão para se fazer muito bem presente. O sabor maltado também aparece, deixando um aftertaste doce e levemente exagerado.
Já a música que mais me chamou a atenção foi “Good Times”. Guitarra sem distorção, vocal numa espécie de “falsete”, sintetizador presente mais uma vez e bateria leve. Sensacional para harmonizar com uma cerveja nova e diferente.
“Fantasma” é interessante se ouvida à meia luz ou no escuro. Seria uma boa trilha sonora para um filme de terror futurista. Sua porção mais eletrônica e seu canto final são uma ótima combinação. O teor alcoólico e malte reforçam o adocicado gosto residual e destacam a parceria.
Próxima do fim, “Fireworks” é muito boa. Parece um strokes com mais ginga. O som continua mergulhado numa mistura do final dos 70 com início dos 80, reforçado na faixa com uma bateria que preenche muito mais o som e lhe dá um toque mais analógico. A cerveja não possui alto drinkabillity, mas sugere uma boa oportunidade para degustação.
Como eles próprios dizem na última musica, "I've got nothing else to prove". Realmente não têm mesmo. Ótima harmonização e diversão!!!
Dicas e curiosidades:
* Deguste a "Super Bock Abadia Rubi" com temperatura do líquido entre 5 e 7 °C;
* O site da cervejaria é o http://www.superbock.pt/. Nele é possível ter informações sobre cinema, música e festivais, além de participar de promoções e conhecer os pratos que melhor harmonizam com as cervejas da fabricante.

* Ela patrocina o “Super Bock Super Rock”, um festival de música de Verão realizado anualmente em Portugal. Organizado desde 1995, é atualmente um dos mais importantes festivais de música do país.
* A cerveja em sua versão garrafa 330 ml custa aproximadamente R$ 6. Aos amigos de Pirassununga, informo que fiz a compra no supermercado Covabra. Aproveitem;
* O CD importado é encontrado na internet por aproximadamente R$ 50;

* O single “On The Radio” conta com a participação de Raquel Ralha dos WrayGunn.
* A banda tocou no “Super Bock Super Rock” em 2004 no palco secundário e em 2007 no palco principal;
* Suas músicas são todas compostas na língua inglesa.
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domingo, 4 de outubro de 2009
Harmonização #17 - 1906 Reserva Especial (Hijos de Rivera) com "Costa Azul" (Sidonie)

A cerveja selecionada é a "1906 Reserva Especial", da cervejaria "Hijos de Rivera" de La Coruña. Ela possui maltes tostados que lhe conferem uma bela cor, associada ao amargor do lúpulo.

“Persona” dá início ao álbum com uma energia muito boa. Os vocais fazem a apresentação inicial, enquanto a bateria mantém o ritmo da música. A guitarra surge com riffs marcantes e solo autêntico. Quanto à cerveja, a cor âmbar chama a atenção enquanto a espuma se apresenta densa e com boa duração. O aroma remete à presença destacada do malte e do lúpulo.
A música seguinte dá nome ao disco. “Costa Azul” é mais lenta e bela, e demonstra a interessante combinação entre diferentes instrumentos. Interessante também é o contato inicial com o sabor da cerveja. O amargor se faz bastante presente, com final ligeiramente adocicado.
A guitarra, o baixo e a bateria controlam o andamento de “Sylvia”, enquanto “Los Olvidados” conta com a participação especial de "Miri Ros", irmã do vocalista "Marc Ros". Destacam-se neste momento a presença alcoólica da cerveja e a percepção de notas de banana que surgem no aftertaste.
Em “Nuestro Baile Del Viernes” a guitarra comanda as ações num convite para participarmos da festa. “Mi Canción de Domingo” segue a mesma linha da faixa anterior e reforça o convite também para um novo contato com o líquido. Este se apresenta levemente doce, com amargor destacado e final seco.
“Miles” é uma belíssima música e abre caminho para “Dandy del Extrarradio”, que possui uma levada bastante divertida. Em minha humilde opinião é a melhor faixa do disco. A guitarra faz uma perfeita parceria com os vocais e dá forças ao sentimento de liberdade e movimento. Mais uma boa oportunidade para encher novamente a taça e degustar novamente a 1906. O sabor se mantém característico e agrada paladares favoráveis à presença de um “declarado” amargor.
A faixa “Todo Lo Que Nos Gusta” poderia ser uma música do "Jayhawks" ou do "Wilco", bandas americanas que gosto bastante. A faixa é uma agradável mistura de rock e country, sem ser piegas ou cansar os ouvidos. Extremamente feliz, assim como a combinação do amargor e das notas florais que surgem na boca após a degustação.
Por fim, “Giraluna” encerra o disco com belas presenças vocais. Uma bela canção onde podemos validar a unidade e integração entre os músicos.
Boa diversão e ótima harmonização!!!
Dicas e curiosidades:
* Deguste a "1906 Reserva Especial" com temperatura do líquido entre 5 e 7 °C;
* O nome da cerveja foi escolhido para comemorar a data de fundação da cervejaria “Estrella Galicia”.

* A cerveja em sua versão garrafa 330 ml custa aproximadamente R$ 4;
* O CD importado é encontrado na internet por aproximadamente R$ 70;
* O nome da banda foi retirado de uma música cantada pela musa "Brigitte Bardot", no drama francês “Vida Privada” de 1962.
* Nos primeiros discos as músicas possuíam a maioria das letras em Inglês. Já os últimos trabalhos foram compostos na língua espanhola;

* Os integrantes da banda se basearam na obra do escritor americano "F. Scott Fitzgerald" para escrever as letras deste álbum;
A música seguinte dá nome ao disco. “Costa Azul” é mais lenta e bela, e demonstra a interessante combinação entre diferentes instrumentos. Interessante também é o contato inicial com o sabor da cerveja. O amargor se faz bastante presente, com final ligeiramente adocicado.
A guitarra, o baixo e a bateria controlam o andamento de “Sylvia”, enquanto “Los Olvidados” conta com a participação especial de "Miri Ros", irmã do vocalista "Marc Ros". Destacam-se neste momento a presença alcoólica da cerveja e a percepção de notas de banana que surgem no aftertaste.
Em “Nuestro Baile Del Viernes” a guitarra comanda as ações num convite para participarmos da festa. “Mi Canción de Domingo” segue a mesma linha da faixa anterior e reforça o convite também para um novo contato com o líquido. Este se apresenta levemente doce, com amargor destacado e final seco.
“Miles” é uma belíssima música e abre caminho para “Dandy del Extrarradio”, que possui uma levada bastante divertida. Em minha humilde opinião é a melhor faixa do disco. A guitarra faz uma perfeita parceria com os vocais e dá forças ao sentimento de liberdade e movimento. Mais uma boa oportunidade para encher novamente a taça e degustar novamente a 1906. O sabor se mantém característico e agrada paladares favoráveis à presença de um “declarado” amargor.
A faixa “Todo Lo Que Nos Gusta” poderia ser uma música do "Jayhawks" ou do "Wilco", bandas americanas que gosto bastante. A faixa é uma agradável mistura de rock e country, sem ser piegas ou cansar os ouvidos. Extremamente feliz, assim como a combinação do amargor e das notas florais que surgem na boca após a degustação.
Por fim, “Giraluna” encerra o disco com belas presenças vocais. Uma bela canção onde podemos validar a unidade e integração entre os músicos.
Boa diversão e ótima harmonização!!!
Dicas e curiosidades:
* Deguste a "1906 Reserva Especial" com temperatura do líquido entre 5 e 7 °C;
* O nome da cerveja foi escolhido para comemorar a data de fundação da cervejaria “Estrella Galicia”.

* A cerveja em sua versão garrafa 330 ml custa aproximadamente R$ 4;
* O CD importado é encontrado na internet por aproximadamente R$ 70;
* O nome da banda foi retirado de uma música cantada pela musa "Brigitte Bardot", no drama francês “Vida Privada” de 1962.
* Nos primeiros discos as músicas possuíam a maioria das letras em Inglês. Já os últimos trabalhos foram compostos na língua espanhola;

* Os integrantes da banda se basearam na obra do escritor americano "F. Scott Fitzgerald" para escrever as letras deste álbum;
* Catalunha é uma comunidade autônoma da Espanha, que possui a cidade de Barcelona como capital. Ela não é independente, mas tem autonomia nas suas decisões.
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domingo, 27 de setembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
Harmonização #16 - Eisenbahn Weizenbock (Eisenbahn) com "Tim Maia Racional, Vol. 2" (Tim Maia)


Para acompanhar o álbum escolhi uma cerveja escura, diferente, forte e interessante como o som do Tim. A “Eisenbahn Weizenbock” é uma cerveja de trigo de alta fermentação do tipo Ale. Ela é feita com seis tipos de malte, possui coloração avermelhada escura, baixo amargor e teor alcoólico respeitável de 8%.
“Quer queira quer não queira” inicia o disco num swing sensacional. Percussão, teclado, bateria, metais e voz fazem um conjunto uniforme. A “Eisenbahn Weizenbock” também. Ela possui agradável aroma pronunciado de trigo, cravo e banana, bela coloração escura e avermelhada, além de um creme bege, encorpado e consistente de ótima duração.
A segunda música, “Paz Interior“, já é mais tradicional, com um pé no “Samba” e outro na “Black Music”. A cerveja é um pouco frutada e adocicada, mas alinhada ao seu corpo latente não prejudica o conjunto. Pelo contrário, suas notas de malte tostado e café, sua consistência cremosa e aveludada e a carbonatação sob medida, sugerem a necessidade de mais um saboroso contato.
Na faixa “O caminho do Bem”, baixo e guitarra dão o tom da música. A voz de Tim está bem próxima, grave e até confessional. Assim também é a “Weizenbock”, que aos poucos penetra nas papilas gustativas e se torna presente na percepção do cativante e ligeiramente doce sabor residual.
Em “Energia Racional”, através de sua bela e empostada voz, ”Tim Maia” utiliza seu poder de persuasão. Já em “Que legal” a música latina toma conta da situação. Mais uma vez a percussão surge exaltante e mantém todo o balanço da música. O que chama atenção na cerveja é que todas as características se tornam presentes, sem sobreposições. Conseguimos perceber todas as nuances, sem que o resultado seja exagerado. Assim como a música do mestre Tim.
“Guiné Bissau, Moçambique e Angola Racional” surge com uma levada simples, mas encantadora. Metais, percussão, guitarra e baixo dão suporte à voz potente de “Tim Maia”. A “Eisenbahn Weizenbock” é uma ótima opção de cervejas de trigo para quem quer mais corpo e malte, mantendo ao mesmo tempo as principais características de uma “Weissbier”.
“Imunização Racional (Que beleza)" encerra o disco como um hino do “Universo em Desencanto“. Mais do que isso, é o tema de uma das maiores preciosidades musicais do Brasil. Divirtam-se e boa degustação!!!
Dicas e curiosidades:
* A recomendação da fabricante é degustar a cerveja numa temperatura entre 5 e 7 °C. Temperaturas muito baixas desfavorecem a percepção de sabores, prejudicam a formação de espuma e ocultam eventuais defeitos de uma cerveja, como a oxidação e traços químicos;
* O ideal é ter um copo que receba todo líquido, devido presença do fermento que fica depositado no fundo da garrafa. Para aproveitar esta levedura, basta ao término da garrafa deixar um pouco no líquido na mesma, agitá-la e servir;

* A “Eisenbahn Weizenbock” ganhou medalha de bronze em uma das principais competições cervejeiras do mundo, a “European Beer Star” na categoria “South-German-Style Weizenbock Dunkel”, em 2007;
* A cerveja, encontrada na garrafa de 355 ml, custa aproximadamente R$ 3,50 nos supermercados;
* A gravadora “Trama” Lançou o volume 1 em CD, custando apro

* Os dois discos (“Tim Maia Racional, volumes 1 e 2”) foram considerados pioneiros na distribuição independente. Eles foram lançados pelo selo “Seroma”, anagrama de "amores" (ao contrário) e abreviação do nome de batismo do músico;
* Na época, os shows de Tim Maia eram feitos a título da "divulgação da Cultura Racional", sendo acompanhados quase que exclusivamente por seguidores do Universo em Desencanto;

* Devido à ideologia da seita, Tim teve de se livrar de todos os bens materiais de seu apartamento. Além disso, convenceu sua banda a entrar para a seita e pintou todos os instrumentos de branco.
* Desiludido com os rumos da filosofia em questão (percebeu que o “mestre espiritual” Manuel não correspondeu ao ideal de um mestre e que não iria encontrar seres de outros planetas), Tim Maia tirou de circulação os álbuns. Atualmente ambos são itens de colecionador, muito difíceis de serem encontrados;
* Estão circulando na Web cinco músicas inéditas, conhecidas por “Tim Maia Racional Volume 3”. Vale a pena conhecer!!!
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domingo, 13 de setembro de 2009
domingo, 6 de setembro de 2009
Harmonização #15 - Schöfferhofer Dunkles Hefeweizen (Binding-Brauerei) com "Faking The Books" (Lali Puna)

O produto selecionado é a “Schöfferhofer Dunkles Hefeweizen”, da cervejaria "Binding Brauerei "(primeira cervejaria alemã fora da região da Bavária). Ela é uma cerveja de trigo como a belga "Vedett" (degustada na dica # 13), mas diferentemente da anterior possui coloração escura (sem ser explicitamente adocicada).

Na faixa título “Faking The Books” é possível observar a grande

“Call 1-800-FEAR” é mais uma música que poderia ser creditada ao “Stereolab”. Instrumental e loops eletrônicos reforçam a pulsação “nervosa” da música. No controle permanente das peças deste quebra cabeça está o vocal subaquático e diferente de “Valerie”. A cor marrom da cerveja é bela, sendo que a espuma é ligeiramente bege, cremosa e densa. Vale a pena passar um tempo admirando visualmente a “Schöfferhofer Dunkles”. Seu aroma remete a trigo, maltes torrados e caramelo.
“Micronomic” reforça a capacidade da “Lali Puna” em embalar suavemente o ouvinte durante a melodia e logo em seguida dar um soco em sua cara através de um pesado riff. A guitarra se faz presente e consolida o novo direcionamento da banda neste terceiro disco. Hora de experimentar a cerveja e sentir um razoável corpo, médio amargor e aftertaste agradável. A mistura entre o paladar de uma cerveja de trigo e os maltes torrados é bastante interessante.
A voz de “Valerie Trebeljahr” chama novamente a atenção em “Small Things”, enquanto que “B-Movie” é um dos destaques do disco. A bateria inicia de forma contagiante, acompanhada pela guitarra e seguida pelo teclado. O vocal meio falado, meio cantado, lembra a banda “Pixies”, enquanto a bateria continua incansável. Cada contato com a “Schöfferhofer” enaltece o amargor sob medida desta cerveja.
“Grin and Bear” também conta com a presença de todos os instrumentos, enquanto “Left Handed” é outro grande destaque. A guitarra mais uma vez presente, permanece firmemente ancorada na alta frequência da faixa, enquanto que o líquido mantém seu sabor bastante agradável, principalmente a temperaturas levemente mais altas.
A faixa “Crawling By Numbers” encerra o disco de forma bela e suave, deixando junto a cerveja Schöfferhofer Dunkles, uma vontade de “quero mais”. Ótimo feriado a todos e "Ein Prosit"!!!
Dicas e curiosidades:
* “Ritual para as cervejas de trigo não-filtradas”: O ideal é ter um copo que receba todo líquido, devido presença do fermento que fica depositado no fundo da garrafa. Para aproveitar esta levedura, basta ao término da garrafa deixar um pouco no líquido na mesma, agitá-la e servir;
* Contando todos os tipos de bebidas (alcoólicas e não alcoólicas), a cerveja é a terceira mais consumida na Alemanha (as primeiras são água e café);

* O duque "Guilherme IV da Baviera", decretou em 1516 a "Lei de Pureza da Cerveja", conhecida oficialmente por "Reinheitsgebot". Ela só permite o uso de quatro elementos para a fabricação da cerveja: água pura, malte, lúpulo e fermento (incluído nesta lei algum tempo mais tarde);
* Reza a lenda, que o duque tomou esta decisão por causa de uma bela ressaca. Na tentativa de “inovar” suas receitas, os cervejeiros da época incluíam ingredientes bizarros na cerveja, como fuligem e cal, o que provavelmente teria causado a ressaca de "Guilherme IV";
* Além das 1.200 cervejarias particulares, na Alemanha existem 5.000 hectares de Lúpulo (matéria prima da cerveja) e 150 monastérios que ainda produzem a bebida;
* A cerveja foi comprada por R$ 20 no “Mr.Beer – Cervejas Especiais”, quiosque do Shopping Ibirapuera (Piso Moema) em SP, especializado em Cervejas Especiais (http://www.mrbeercervejas.com.br/);
* A versão importada do CD custa aproximadamente R$ 40;

* "Lali Puna" é a banda favorita de "Johnny Greenwood", guitarrista e tecladista do "Radiohead";
* A banda quase esteve no Brasil para divulgar o disco “Faking The Books” em 2004, mais desmarcou sua presença no "Festival Resfest" em cima da hora;
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domingo, 30 de agosto de 2009
Harmonização #14 - Schloss Eggenberg Urbock 23° (Brauerei Schloss Eggenberg) com "Eela Craig" (Eela Craig)


Já a cerveja a ser degustada é a "Schloss Eggenberg Urbock 23°", uma "doppelbock (double bock)" que amadurece em cavernas durante nove meses, até que complete sua fermentação. Encorpada, possui sabor presente, bem equilibrado, com interessante amargor do lúpulo.

A música “Selfmade Trip” começa lenta e tranqüila com belo instrumental. Aproveite um pouco do intenso aroma de malte, devido boa presença de lúpulo. Quando menos esperamos, surge a guitarra e comanda a festa. Boa hora para o “primeiro trago”, onde notamos seu paladar encorpado, com grande sabor de malte. Traz também notas de mel, com presença marcante de lúpulo no aftertaste. Entre flautas, teclados, pratos e guitarras, o líquido caminha pela boca, reforçando seu sabor acentuado e sua alta presença de álcool.
“A New Way” parece uma continuação da música anterior, mas depois se diferencia pela continuidade dos vocais no início da música. A veia Jazzística aparece fortemente nesta canção, presenteando nossos ouvidos, assim como a "Urbock 23°" presenteia nossas papilas gustativas. Ela possui um aroma doce, sabor picante, com residual doce perceptível, mas não desequilibrado. A sensação na boca é de álcool superior e residual doce, bastante licoroso.
A música “Indra Elegy” nos leva para uma viagem psicodélica, onde a flauta, a bateria e a guitarra fazem nosso corpo levitar. Também, depois de ter tomado quase 300 ml de uma cerveja de altíssimo teor alcoólico, isso não é tarefa difícil. Aos poucos a cerveja nos faz lembrar o estilo “Malt Liquor”, colocando-se entre os dois eixos. Enquanto isso a melodia se torna ainda mais bela e nos direciona ao término do espetáculo.
“Irminsul”, “Yggdrasil”, “Stories” e Cheese” são faixas bônus que foram adicionadas ao disco nos anos seguintes ao lançamento original. Vale mais a pena se concentrar apenas nas quatro faixas iniciais do álbum.
Dicas e curiosidades:
* A "Schloss Eggenberg Urbock 23°" é conhecida como o “Conhaque das Cervejas”;
* Os 23° se referem aos graus Plato (gramas de extrato equivalentes ao peso da sacarose) do extrato primitivo (também conhecido como extrato original, densidade primitiva ou mosto original), que é a soma de todas as substâncias dissolvidas no mosto antes da fermentação;
* Pela legislação brasileira, uma cerveja é considerada forte se apresentar extrato primitivo igual ou superior a 14°;
* Apesar dos graus plato, seu teor alcoólico é de 9,6% alc./vol, valor enorme quando comparado às cervejas pilsen (aproximadamente 4,5% alc./vol);
* A cerveja pode ser encontrada por aproximadamente R$ 20;
* A versão importada e usada do CD custa aproximadamente R$ 40;
* A banda tinha três tecladistas que tocavam “hammond organ c3”, “mellotron” e piano. Além disso, também fazia parte da banda um pianista que tocava flauta e saxofone;
* Os críticos compararam este álbum com os de famosas bandas da época, como "Emerson, Lake & Palmer, King Crimson, Gentle Giant e Coliseu".
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domingo, 23 de agosto de 2009
Harmonização #13 - Vedett Extra White (Brouwerij Moortgat) com "Satélites" (Hollywood Porn Stars)
Pessoal, nos últimos finais de semana fiquei muito feliz com a repercussão do blog. Agradeço todo apoio e espero continuar atendendo a expectativa de vocês, tanto nas dicas musicais quanto cervejeiras.
Nesta semana falarei sobre a Bélgica, onde
excelentes cervejas são fabricadas. Aproveito para adiantar que agradeço a dica/sugestão dos amigos Camilinho e Clarissa sobre a "Trapista Chimay", sendo que ela estará com certeza em um futuro post. No entanto, hoje indicarei uma que tem nome de estrela e realizou uma iniciativa de marketing bastante criativa (veja nas “Dicas e curiosidades” ao final do blog): a belga de trigo “Vedett Extra White”, da “Brouwerij Moortgat”, cervejaria que também produz as cervejas "Duvel, Bel Pils e Maredsous".
Formada em 2002, a banda da semana é a “Hollywood Porn Stars”. Composta por "Anthony Sinatra" (voz e guitarra), "Michael Larivière" (guitarra e vocais), "Eric Swennen" (baixo) e "Benoit Damoiseau" (bateria), lançou seu segundo álbum "Satélites” em 2007,
tema deste blog.
“Andy” começa com a guitarra despejando distorção, sendo uma ótima música para iniciar a degustação. Não perca tempo, pegue sua cerveja e uma taça própria para cervejas de trigo. O aroma da “Vedett” não chega a ser dos mais agradáveis, mas acho interessante a cor turva das cervejas de trigo. Desde o meu primeiro contato com cervejas deste tipo, esta característica remete a algo mais natural.
“Islands” segue no mesmo pique da música anterior, sendo mais simples, mas bastante eficaz e direta. A cerveja possui um gosto pronunciado de uma cerveja de trigo. Para aqueles que nunca experimentaram uma cerveja assim, o primeiro contato causa estranheza.
A primeira música lenta se chama “Crimes”. Nela o “Hollywood Porn Stars” aparece uma ligeira influência do "Coldplay", fazendo com que haja espaço para uma melhor percepção da cerveja. Apesar de a espuma destoar do todo (aparentemente separada do líquido), o sabor é bastante agradável, reforçando a lembrança da presença do trigo.
Em “Young Girls” a guitarra chamou minha atenção. Não por ser exemplo de virtuose, de força ou de energia. O que me impressionou é que de forma simples, sem fazer alarde, ela comandou a harmonia da música. Apesar do sabor pronunciado, o teor alcoólico da cerveja é baixo (4,7% alc./vol), o que possibilita maior drinkabillity.
“Diamond” é literalmente brilhante. Os riffs da guitarra dão o direcionamento correto à voz, que rege a melodia como um maestro. Aos poucos a cerveja fica um pouco mais amarga, com aftertaste mais presente.
Outra bela música é “Perfect Storm”, que possui um refrão crescente que cola no ouvido acompanhado pelo “órgão de igreja”, após ótima chamada da bateria. Voz e guitarra finalizam a música de forma encantadora.
“Calling the Ghosts” não fica atrás e agrada pela interessante harmonia e combinação entre o instrumental e os vocais. Ótima também é a combinação dos ingredientes naturais da cerveja.
“There´s a God” encerra o disco com energia, pontuada pela ótima presença do piano, enquanto a cerveja “Vedett” insinua a grande oportunidade que temos em conhecer as demais marcas comercializadas pela belga “Brouwerij Moortgat”.
Dicas e curiosidades:
* Para as cervejas de trigo não-filtradas como é o caso da "Vedett", o ideal é ter um copo que receba todo líquido, o fermento que fica depositado no fundo e a espuma. Para aproveitar a levedura do fundo ao copo, basta ao término da garrafa deixar um pouco no líquido na mesma, agitá-la e servir;
* A Cerveja de Trigo geralmente é feita com malte de trigo, malte de cevada, lúpulo e levedura;

* Acesse o site da marca (http://www.vedett.com) e envie uma foto para aparecer no rótulo da cerveja. A "Vedett" que comprei nesta semana, veio com o rótulo normal na frente e uma fotografia preta e branca no verso. Basta enviar a foto e aparecer estampado na garrafa;
* A cerveja “Vedett Extra White” em sua versão 330 ml custa aproximadamente R$ 30;
* A versão importada do CD custa aproximadamente R$ 70;
* O disco “Satélites”, foi gravado em apenas doze dias;
* A banda gravou trinta músicas, mas apenas doze fizeram parte deste álbum. No ano seguinte foi lançado o disco “Beside The Satellites”, contendo algumas das músicas gravadas no ano anterior;
* Neste sábado (29/08), tocarei com a minha banda em Itu (interior de SP), no StudioCar. Não perca!!! Maiores informações acesse http://www.studiocar.com.br/
Nesta semana falarei sobre a Bélgica, onde



“Andy” começa com a guitarra despejando distorção, sendo uma ótima música para iniciar a degustação. Não perca tempo, pegue sua cerveja e uma taça própria para cervejas de trigo. O aroma da “Vedett” não chega a ser dos mais agradáveis, mas acho interessante a cor turva das cervejas de trigo. Desde o meu primeiro contato com cervejas deste tipo, esta característica remete a algo mais natural.
“Islands” segue no mesmo pique da música anterior, sendo mais simples, mas bastante eficaz e direta. A cerveja possui um gosto pronunciado de uma cerveja de trigo. Para aqueles que nunca experimentaram uma cerveja assim, o primeiro contato causa estranheza.
A primeira música lenta se chama “Crimes”. Nela o “Hollywood Porn Stars” aparece uma ligeira influência do "Coldplay", fazendo com que haja espaço para uma melhor percepção da cerveja. Apesar de a espuma destoar do todo (aparentemente separada do líquido), o sabor é bastante agradável, reforçando a lembrança da presença do trigo.
Em “Young Girls” a guitarra chamou minha atenção. Não por ser exemplo de virtuose, de força ou de energia. O que me impressionou é que de forma simples, sem fazer alarde, ela comandou a harmonia da música. Apesar do sabor pronunciado, o teor alcoólico da cerveja é baixo (4,7% alc./vol), o que possibilita maior drinkabillity.
“Diamond” é literalmente brilhante. Os riffs da guitarra dão o direcionamento correto à voz, que rege a melodia como um maestro. Aos poucos a cerveja fica um pouco mais amarga, com aftertaste mais presente.
Outra bela música é “Perfect Storm”, que possui um refrão crescente que cola no ouvido acompanhado pelo “órgão de igreja”, após ótima chamada da bateria. Voz e guitarra finalizam a música de forma encantadora.
“Calling the Ghosts” não fica atrás e agrada pela interessante harmonia e combinação entre o instrumental e os vocais. Ótima também é a combinação dos ingredientes naturais da cerveja.
“There´s a God” encerra o disco com energia, pontuada pela ótima presença do piano, enquanto a cerveja “Vedett” insinua a grande oportunidade que temos em conhecer as demais marcas comercializadas pela belga “Brouwerij Moortgat”.
Dicas e curiosidades:
* Para as cervejas de trigo não-filtradas como é o caso da "Vedett", o ideal é ter um copo que receba todo líquido, o fermento que fica depositado no fundo e a espuma. Para aproveitar a levedura do fundo ao copo, basta ao término da garrafa deixar um pouco no líquido na mesma, agitá-la e servir;
* A Cerveja de Trigo geralmente é feita com malte de trigo, malte de cevada, lúpulo e levedura;

* Acesse o site da marca (http://www.vedett.com) e envie uma foto para aparecer no rótulo da cerveja. A "Vedett" que comprei nesta semana, veio com o rótulo normal na frente e uma fotografia preta e branca no verso. Basta enviar a foto e aparecer estampado na garrafa;
* A cerveja “Vedett Extra White” em sua versão 330 ml custa aproximadamente R$ 30;
* A versão importada do CD custa aproximadamente R$ 70;
* O disco “Satélites”, foi gravado em apenas doze dias;
* A banda gravou trinta músicas, mas apenas doze fizeram parte deste álbum. No ano seguinte foi lançado o disco “Beside The Satellites”, contendo algumas das músicas gravadas no ano anterior;
* Neste sábado (29/08), tocarei com a minha banda em Itu (interior de SP), no StudioCar. Não perca!!! Maiores informações acesse http://www.studiocar.com.br/
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domingo, 16 de agosto de 2009
Harmonização #12 - Baden Baden 1999 (Cervejaria Baden Baden) com "Krig-Ha, Bandolo" (Raul Seixas)


A cerveja escolhida é a Baden Baden 1999, lançada em 2004/2005 para celebrar os 5 anos da própria cervejaria. Ela tem o estilo “Bitter Ale” com sabor pouco amargo e aroma frutado marcantes. Produzida a partir de maltes e lúpulos selecionados, esta cerveja utiliza um processo lento e cuidadoso de maturação que garante todo o seu sabor.
O disco começa com uma interpretação de Raul Seixas aos 9 anos de idade, cantando "Good Rockin' Tonight". A primeira música do disco é o sucesso “Mosca Na Sopa”. Musicalmente ele perturba nosso sono, com o som de batucadas, berimbau e palmas, indo destes até o mais puro Rock ‘n Roll. A cerveja possui bela coloração âmbar e espuma bege de boa formação, cremosidade e duração. O aroma é satisfatório e evidencia a presença do lúpulo.
Outro grande sucesso é “Metamorfose Ambulante”, onde Raul mostra diferentes faces e define a consciência humana. O paladar da “1999” é ótimo, com amargor agradável e leve carbonatação, percebendo-se algumas notas marcantes de cevada.
“Dentadura Postiça” fala sobre o nosso livre arbítrio com belas vozes numa espécie de coral, enquanto “As Minas do Rei Salomão”, com seu tom folk rock, pensa a relatividade da importância dos fatos e dos objetos. Nosso contato com a cerveja apresenta forte, porém interessante amargor no aftertaste, sensação metálica que perdura por um longo tempo, como todas e quaisquer bitter ales de respeito.
Violão e clima espacial abrem e percorrem “A Hora Do Trem Passar”, música lírica, mais acústica, com uma letra romântica. Porque não esperarmos e admirarmos a solidão do amanhecer, junto à ruiva companheira que possui ótimo equilíbrio entre o lúpulo, malte tostado e caramelo?
“Al Capone” traz o mais puro “rock and roll”. Nele encontramos Jimi Hendrix, Frank Sinatra, Júlio César, Al Capone, Lampião e até Jesus Cristo e a intrigante frase de Bob Dylan: “Não existe sucesso como o fracasso e o fracasso não é sucesso algum”.
“How Could I Know”, uma das mais belas músicas de Raul em minha opinião (apesar de meio piegas), seria uma canção para Elvis Presley. Momento perfeito para mais uma taça, onde podemos observar novamente as características visuais e olfativas da cerveja. Belíssima cor com aroma frutado ao fundo.
“Rockixe” apresenta a mediocridade e o ridículo do “way of life” comandado pela indústria capitalista. Mais uma vez a mistura de ritmos, o baixo, a bateria e os metais aparecem com grande força, dando à música um toque especial. O amargor se mostra bem definido, além da presença do álcool, que proporciona um adocicado que fez bem no conjunto.
“Ouro de Tolo” encerra de forma sensacional este histórico disco. A música é um tapa na cara dos valores do ser mediano, mostrando toda a mediocridade do ser humano. Uma grande e sincera conversa ao pé de ouvido, com final tão interessante e marcante quanto a Baden Baden 1999.
Aproveite esta dica, valorize a música nacional e boa diversão!!!
Dicas e curiosidades:
* Prefira as taças de boca mais larga a fim de que o aroma se desprenda mais facilmente

* A cerveja inglesa Spitfire, também uma Bitter ale, foi a inspiração para o desenvolvimento da cerveja brasileira.
* A cerveja Baden Baden 1999 em sua versão garrafa 600 ml custa aproximadamente R$ 10;
* Até o dia 23/08 em SP, na compra de duas BADEN BADEN, o consumidor ganha uma luva gourmet. Outra opção é adquirir três BADEN BADEN para ganhar um balde de gelo customizado. Em 60 estabelecimentos acontece também a degustação com harmonização das cervejas.
* O CD é encontrado na internet por aproximadamente R$ 25;
* Raul foi ao Rio de Janeiro gravar seu primeiro disco ("Raulzito e os Panteras") em 1967, devido convite do amigo Jerry Adriani.
* Krig-Ha, Bandolo se refere a um grito de guerra de Tarzan que significa "Cuidado, aí vem o inimigo".
* Seu último disco, feito em parceria com Marcelo Nova (intitulado A Panela do Diabo) foi lançado um dia após sua morte.
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